A mosca-branca (Bemisia tabaci) é uma praga que causa danos significativos no setor agrícola globalmente, atacando diversas culturas de forma versátil. Seus estágios morfológicos incluem ovos, ninfas e fase adulta, reproduzindo-se rapidamente em condições quentes e secas, sendo um desafio, especialmente durante períodos de estiagem, quando a reprodução dos insetos se acelera e as plantas ficam debilitadas pela falta de água e altas temperaturas.
Mundialmente, existem mais de 40 biótipos de Bemisia tabaci, cada um com comportamento característico. No entanto, a diferenciação e diagnóstico do biótipo só ocorrem através de análises moleculares, pois visualmente são idênticos. No Brasil, os biótipos B e Q são os principais responsáveis pelos ataques de mosca-branca às lavouras, com o biótipo Q, introduzido em 2013, apresentando alta capacidade de desenvolver resistência a inseticidas, dificultando seu controle. Além disso, o biótipo Q é vetor do Tomato yellow leaf curl virus (TYLCV) e Tomato torrado virus (ToTV), vírus exóticos no Brasil.
O Comitê de Ação à Resistência a Inseticidas (IRAC) realizou uma pesquisa nos estados de São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso para mensurar a sensibilidade da mosca-branca e seus biótipos a inseticidas. Foram coletadas cinco populações de Bemisia tabaci em soja e cinco em tomate, testando os seguintes ingredientes ativos e modos de ação: Thiametoxan (4A), Imidacloprid (4A), Acetamiprid (4A), Cyantraniliprole (28), Pyriproxyfen (7C), Buprofezin (16) e Spiromesifen (23). No geral, os modos de ação 16 e 28 apresentaram maiores taxas de controle para a maioria das populações que apresentavam os biótipos B e Q.
Danos culturais e econômicos
A mosca-branca possui uma grande versatilidade de culturas de ataque, tendo registros em mais de 84 famílias botânicas. Muitas dessas culturas são de grande relevância para o agronegócio, como soja, algodão, feijão, tomate, melancia, abóbora, mandioca, repolho e batata, podendo haver perdas de 20% a 100% na produtividade. Em soja, além da sucção da seiva, a mosca-branca é transmissora de vírus, como o vírus da necrose-da-haste, pertencente ao grupo Carlavirus. Outro dano indireto é causado pela excreção de substâncias açucaradas nas folhas, favorecendo a formação de fumagina (Capnodium sp.), um fungo de coloração preta que cobre toda a área foliar e impede os processos fotossintéticos das plantas. Os danos são tão representativos economicamente que, se a lavoura de soja conviver com uma infestação de dez ninfas em cada folha, a produção pode cair em até 12 sacas por hectare (Tomquelski et al., 2011).
Soluções
Na Dinac, oferecemos um portfólio de produtos para o controle da mosca-branca, destacando o Minecto Pro e o Elestal Neo, fundamentais para a rotação de diferentes modos de ação, evitando a resistência e controlando o inseto-praga com eficácia.
O Minecto Pro é composto pelos ativos Ciantraniliprole e Abamectina, proporcionando amplo espectro de ação, superioridade e rapidez no combate à mosca-branca. O Minecto Pro tem como um dos modos de ação o grupo 28, que na pesquisa realizada pelo IRAC apresentou as maiores taxas de controle.
Já o Elestal Neo é especialista no controle da mosca-branca, com duplo modo de ação, contendo a exclusiva tecnologia TINIVION™, que proporciona benefícios como ambimobilidade, sistemicidade via xilema e floema, permitindo que o inseticida se mova tanto para cima quanto para baixo dentro da planta. Isso garante eficiência, protegendo a planta por inteiro e por muito mais tempo.
O Elestal Neo é altamente eficaz contra todas as fases da mosca-branca, proporcionando um efeito de choque com ação imediata e residual prolongado, o que assegura proteção contínua e duradoura contra essa difícil praga, contribuindo para a saúde e a produtividade das lavouras.
Autoria do Gerador de Demanda da Dinac, Jefter Santos e revisão da Gerente de Geração de Demanda, Vanessa de Oliveira.
TODAS AS DEMAIS PRÁTICAS AGRONÔMICAS RECOMENDADAS PARA OS CULTIVOS DEVEM SER OBSERVADAS, PARA BUSCAR O POTENCIAL PRODUTIVO DAS CULTURAS. CONSULTE SEMPRE UM ENGENHEIRO AGRÔNOMO.
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