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Dinac +Agro

Aumento de plantas daninhas resistentes a herbicidas.

O Brasil é líder mundial na produção e exportação de soja, com uma produção de 147,35 milhões de toneladas na safra 23/24 (CONAB), sendo fundamental para o fortalecimento da economia brasileira. Além da sua importância socioeconômica, destaca-se pela qualidade dos grãos oferecidos ao mercado interno e externo, pois a oleaginosa produzida no Brasil possui o maior índice de proteína do mundo. Para nos mantermos no topo, devemos focar nas melhores práticas agrícolas, especialmente no controle de pragas, doenças e plantas daninhas.


Nos últimos anos, o uso excessivo dos mesmos mecanismos de ação de herbicidas para o controle de plantas daninhas durante a primeira e segunda safra, sem a adoção de práticas de manejo diversificadas, tem causado a seleção de biótipos de plantas daninhas resistentes a herbicidas. Essa resistência se espalha por talhões, cidades e estados, devido à dispersão por maquinários, caminhões e até mesmo através de sementes contaminadas.


Segundo a Embrapa, “a resistência de plantas daninhas é a habilidade de um biótipo em sobreviver e se reproduzir, após a aplicação de um herbicida na dose que normalmente controlaria uma população normal desta espécie.” Essa planta resistente produz sementes, transmitindo essa seletividade aos herbicidas de forma hereditária nas gerações seguintes.


Como exemplos de plantas daninhas resistentes a herbicidas na cultura da soja nos últimos anos, podem ser citados buva (Conyza bonariensis, C. canadensis, C. sumatrensis), capim-amargoso (Digitaria insularis), capim-pé-de-galinha (Eleusine indica), capim-branco (Chloris elata), leiteiro (Euphorbia heterophylla e azevém (Lolium multiflorum), todos resistentes ao glifosato. A última espécie a entrar nessa lista, que vem se espalhando por vários estados, é o caruru-roxo (Amaranthus hybridus) e caruru-palmeri (Amaranthus palmeri). Na safra 23/24, observamos uma grande quantidade de caruru resistente na cultura da soja, exigindo a intervenção com outros mecanismos de ação de herbicidas para o controle. Trata-se de uma planta daninha exótica e agressiva, capaz de competir em até 68% com a soja.


Agravando a situação, alguns biótipos de plantas daninhas apresentam resistência múltipla aos herbicidas, isso significa que possuem resistência não apenas a um, mas sim a diferentes mecanismos de ação de herbicidas (Tabela 1).



Esta situação, preocupa os produtores devido à complexidade de manejo nas áreas agrícolas, além de trazer consequência direta no aumento dos custos de controle de plantas daninhas. No Paraná, por exemplo, após a identificação de buva resistente ao glifosato, o controle das diferentes espécies de Conyza passou a ser realizado, de forma generalizada, com herbicidas inibidores da enzima ALS, especialmente o clorimuron, resultando na seleção, em 2011, de biótipos de buva com resistência múltipla ao glifosato + ALS.


Devido à resistência dessas plantas daninhas, é essencial que agrônomos e produtores adotem uma gestão consciente, baseada no manejo rotativo de ativos e em posicionamentos mais assertivos. Além disso, o lançamento de novas moléculas para o controle dessas plantas é necessário, embora isso represente um aumento nos custos operacionais e da lavoura, já que o desenvolvimento de novas moléculas implica em altos custos para as indústrias químicas. Nas últimas safras, o uso de herbicidas pré-emergentes, em combinação com diferentes mecanismos de ação, tem mostrado resultados positivos e proporcionado tempo para que a indústria desenvolva novas opções para o futuro.


A eficiência dos herbicidas pré-emergentes, especialmente contra plantas daninhas resistentes ao glifosato, tem ajudado a reduzir o banco de sementes impedindo que novas plantas resistentes se reproduzam e se espalhem.  Atualmente, o mercado oferece boas opções de herbicidas pré-emergentes, incluindo o recente lançamento da Syngenta, Eddus. Esse produto combina dois ativos, fomesafem e s-metalacloro, voltados para o manejo antirresistência. Juntos, esses ingredientes ativos atuam de maneira eficiente no controle de plantas já resistentes ao glifosato.


Outra estratégia fundamental no manejo de plantas daninhas resistentes na cultura da soja é o manejo antecipado, que consiste na dessecação logo após a colheita da segunda safra, realizada pelo menos 45 dias antes do plantio da soja. Nessa fase, a Syngenta recomenda uma combinação de produtos, incluindo o Calaris, que associa mesotriona e atrazina. Essa combinação é eficaz no controle de plantas resistentes quando estão em um tamanho ideal, impedindo que produzam sementes e se espalhem nas áreas de cultivo.


Em resumo, as plantas daninhas estão se tornando cada vez mais adaptáveis, e a maneira mais eficaz de enfrentar essa situação é através de boas práticas de manejo antirresistência. A Dinac, tem o melhor portfólio e uma equipe capacitada para apoiar consultores de revendas e agricultores, promovendo uma lavoura mais produtiva e rentável, superando os desafios diários.



Autoria do Gerador de Demanda da Dinac, Matheus Mazetto e revisão da Gerente de Geração de Demanda, Vanessa de Oliveira.


TODAS AS DEMAIS PRÁTICAS AGRONÔMICAS RECOMENDADAS PARA OS CULTIVOS DEVEM SER OBSERVADAS, PARA BUSCAR O POTENCIAL PRODUTIVO DAS CULTURAS. CONSULTE SEMPRE UM ENGENHEIRO AGRÔNOMO.Parte superior do formulário

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