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Controle Inteligente na Pipericultura: Biológicos Contra as Ameaças Invisíveis da Pimenta-do-Reino

  • Foto do escritor: Dina
    Dina
  • 8 de mai.
  • 2 min de leitura

A pipericultura, ou cultivo da pimenta-do-reino (Piper nigrum), é uma atividade de grande relevância no Espírito Santo. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2023), o Brasil é o segundo maior produtor global dessa especiaria, com uma produção de 126.548 toneladas, ficando atrás apenas do Vietnã. No cenário nacional, o Espírito Santo lidera a produção com 19.635 hectares dedicados à cultura, sendo o município de São Mateus o maior produtor do estado.


Apesar de desempenhar um papel econômico relevante em determinadas regiões, a pipericultura ainda apresenta baixa representatividade no contexto agrícola nacional. Essa limitação se reflete na escassa atenção dedicada pelas indústrias de defensivos agrícolas, resultando em um número restrito de produtos químicos registrados para o controle de pragas e doenças nessa cultura. Como alternativa, o uso de produtos biológicos vem crescendo, impulsionado pela demanda por práticas agrícolas mais sustentáveis e eficientes.


A produção de pimenta-do-reino enfrenta grandes desafios, especialmente no norte capixaba, onde dois fatores principais afetam negativamente a produtividade: os nematoides e o fungo causador da fusariose. O nematoide-das-galhas (Meloidogyne incognita) é o mais prejudicial à cultura, sendo considerado um “mal silencioso”, já que seus danos só costumam ser percebidos em estágios mais avançados. Esses organismos atacam as raízes das plantas, formando galhas e provocando sintomas como murchamento, clorose e queda na qualidade e produtividade. Além disso, a presença dos nematoides favorece a infecção pelo fungo Fusarium spp., que coloniza o sistema vascular da planta, bloqueando a absorção de água e nutrientes — o que pode levar à morte das plantas.


Diante dessas dificuldades, o uso de soluções biológicas tem se mostrado uma alternativa eficaz e sustentável. Produtos como o CERTANO, bionematicida e biofungicida da Syngenta, vêm ganhando destaque no mercado. À base de Bacillus velezensis, essa solução biológica atua contra os nematoides por meio da produção de compostos orgânicos e toxinas que inibem a eclosão de ovos e controlam os juvenis. Além disso, seu efeito residual forma um biofilme que desorienta os nematoides, impedindo sua penetração nas raízes.


No controle do fungo Fusarium, o Bacillus velezensis também desempenha um papel relevante, inibindo a penetração e o desenvolvimento do patógeno por meio da produção de enzimas e compostos antimicrobianos. Vale destacar que o uso de produtos como o CERTANO é uma medida preventiva, atuando diretamente no solo e impedindo o avanço da fusariose, sem, no entanto, apresentar eficácia em plantas já contaminadas.


O manejo biológico, portanto, deixa de ser apenas uma alternativa e se consolida como uma necessidade estratégica para a pipericultura moderna. Investir em soluções sustentáveis como o uso de produtos biológicos é garantir não apenas a produtividade e a qualidade da pimenta-do-reino, mas também a longevidade da cultura e a valorização do agricultor diante de um mercado cada vez mais exigente e consciente.


Autoria do Gerador de Demanda, Guilherme Krohling e revisão da Gerente de Geração de Demanda, Vanessa de Oliveira.


TODAS AS DEMAIS PRÁTICAS AGRONÔMICAS RECOMENDADAS PARA OS CULTIVOS DEVEM SER OBSERVADAS, PARA BUSCAR O POTENCIAL PRODUTIVO DAS CULTURAS. CONSULTE SEMPRE UM ENGENHEIRO AGRÔNOMO.

 

 
 
 

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